Quando o assunto é servidor web, a maioria lembra do Apache ou Nginx. E com razão — ambos são extremamente populares e poderosos. Mas existe um terceiro cara, menos falado, que merece atenção: o Lighttpd (ou simplesmente Lighty).
O que é o Lighttpd? ⚡
O Lighttpd é um servidor web projetado com foco em baixa utilização de recursos e alto desempenho. Criado por Jan Kneschke em 2003, ele nasceu para resolver um problema clássico: como lidar com grandes quantidades de conexões simultâneas sem consumir muita memória e CPU.
A proposta é simples: ser um servidor leve, rápido e estável, ideal para cenários onde cada megabyte de RAM conta.
Por que usar o Lighttpd? 🤔
Durante meus testes em container Docker, fiquei surpreso: o Lighttpd consumiu apenas 700KB de RAM rodando uma aplicação simples. Isso é muito menos do que Nginx ou Apache em situações equivalentes.
Alguns pontos que me chamaram a atenção:
- 🔹 Extremamente leve – perfeito para VPS baratas, dispositivos embarcados e ambientes de poucos recursos.
- 🔹 Suporte a FastCGI, SCGI e CGI – funciona muito bem em conjunto com backends em PHP, Python ou outros.
- 🔹 Segurança e simplicidade – a configuração é bem direta, sem a complexidade de outros servidores.
- 🔹 Boa escalabilidade – apesar de ser minimalista, é capaz de lidar com tráfego significativo.
Casos de uso 🌍
O Lighttpd não vai substituir o Nginx em grandes infraestruturas (embora seja capaz de lidar com alto tráfego), mas se sai superbem em cenários como:
- Hospedagem de sites estáticos;
- APIs leves em containers;
- Servidores para dispositivos IoT ou hardware limitado;
- Protótipos e ambientes de teste rápidos;
Exemplo rápido ⚙️
Para rodar o Lighttpd em um container Docker, você pode usar:
services:
lighttpd:
image: sebp/lighttpd
ports:
- "8080:80"
volumes:
- ./site:/var/www/localhost/htdocs
Isso já é suficiente para servir arquivos estáticos na porta 8080.
Conclusão ✅
O Lighttpd é aquele tipo de ferramenta que passa despercebida, mas que pode ser exatamente o que você precisa em alguns projetos. Se o seu foco é leveza e simplicidade, vale a pena dar uma chance.
Às vezes, menos é mais — e o Lighttpd é prova disso. 😉
E você, já usou ou considerou usar o Lighttpd em algum projeto?